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quinta-feira, 19 de março de 2009

dedicado especialmente a Pit Rajado

Esses dias estava num lotado ônibus pra Vila Serrana, quando escutei uma música, de um Cd que eu tinha baixado. O nome era "bagatelle", e naquele instante me veio uma inspiração, uma coisa sem explicação. Um poema. Uma idéia pra um video, que sintetizava minha relação com os animais da Ama. Comecei a escrever alí mesmo, antes que a inspiração se fosse, entre uma curva e outra do ônibus, o lápis escrevendo num papel sujo e borrado, meus sentimentos.

Hoje, quando finalmente fiz o vídeo,eu não ia colocar foto de Pit Rajado. Me entristecia e ainda entristece, falar dele ou ver suas fotos. Ver o canil em que ele morreu então, é muito ruim. Mas não pensei nele quando comcei a escrever o poema. Apenas imaginei aquelas palavras casadas a imagens de animais que eu conhecia.

Hoje, quando fiz o vídeo (depois eu posto o tal poema, pq não o tenho aqui), no fim, ele me veio à mente, tão vívido...

Ele me mostrou o quanto eu era preconceituosa! Me mostrou que era o cão mais doce de todos - e era um pit bull. Que raça de cachorro não faz deles tão diferentes. E que nem sempre o que você espera que seja, é. Eu esperava um animal agressivo, mas Pit estava apenas faminto, doente e carente. Eu lhe dei comida, mas além da comida, ele quis meu colo. Lembro que quando foso tirar uma foto com ele, eu estava rindo (eu estava muito apegada a ele), ai eu disse: peraê, melhor eu ficar séria. Não vai pegar bem eu com esse sorriso e Pit doente, com essa cara e esse corpo magrelo. Quando ele melhorar a gente tira uma foto rindo."

O problema, é que esse dia nunca chegou!


Pit morreu minutos antes de eu chegar na Ama, no domingo a tarde. Geralmente, ainda hoje, tanto tempo depois, eu costumo ficar abalada com algumas coisas. E, como disse um dia desses, "eu não quero me acostumar com os maus tratos aos animais". Quero me acostumar com a bondade, o respeito. E então, quando eu o vi lá, morto, eu simpesmente me abaixei, segurei a pata dele, apertei-a na minha testa, talvez tentando entender, naqueles segundos, o por que daquilo. E chorei. Me lembrei da semana passada, que enquanto eu consertava a cadeira de rodas de Bob, Pit começou a chorar e eu resolvi sentar-me em seu canil. Pit deitou sua cabeça em meu colo, me lambeu e me olhou, com seus olhos tão lindos. Depois, nós dois desfrutamos de um momento de paz, eu, sentindo uma calma tão grande por ter o corpo daquele animal ali perto do meu, poder tocar seu pêlo. Já ele, não sei o que sentia. Só sei que me parecia feliz. Foi a primeira vez que um pit bull sentou no meu colo. Ao lembrar disso, quando o vi morto, eu pensei em como foi bom poder ter estado com ele, mesmo por tão breve tempo. Pensei no quanto esses animais me ensinavam. Mas me amargura lembrar que eu disse a ele "Você ficará bom", e não ter cumprido isso. Quem sabe o por que desses momentos? Eu não sei.


No fim do video, eu coloquei "dedicado especialmente a Pit Rajado, que morreu sem ter ficado bom".

quarta-feira, 11 de março de 2009

TERRA, Ah como eu te quero BEM

Hoje eu estava numa aula da universidade, de geologia. Fiquei fascinada pelo assunto, pelo que a Terra já foi, pelo que ela será a daqui milhões de anos. Devo adimitir que me senti tão infima, e entendi o que Einstein sentiu quando disse que quanto mais estudava o universo, mais acreditava na existencia de um ser superior. Na aula algumas idéias foram expostas, os pensamentos da época. Claro, a igreja católica foi citada. Mas peço licença pra sair do rotulo "igreja" e digo que as pessoas e não a igreja, é que possuem aquele velho sentimento de superioridade e formulam ideias absurdas a respeito de Deus e da Terra. Não está escrito em lugar nenhum que Deus existe. Entretanto, não pude deixar de pensar nele. Nessa energia sublime. A Terra é tão perfeita. A natureza é tão sagrada... podemos ver através dos fosseis, que a vida realmente evoluiu. As formas de vida, os animais, palntas e condições de existência sofreram mutação que seguem uma ordem que não tem explicação. Aliás, a explicação que não fere minha inteligencia, veio do espiritismo, que diz claramente: a Terra passou e passa por um processo de evolução, para agora poder ser habitada pelos humanos, como nós nos conhecemos agora.

Sei que muita gente não partilha desse meu fascinio pelo planeta Terra, pela existencia, ou de meu respeito pela vida. Mas hoje o que senti adiquirindo aqueles conhecimentos me fez sentir que somos nada, e que a opinião errada ou certa é NADA para Deus. Ele está muito, mas muito mesmo, acima de conceitos humanos, de inteligencias humanas e de nossos erros.

Meu professor deixa claro a opinião anti-religiosa ou anti-igreja (até fez um trocadilho com a questão de que a Terra foi feita em 6 dias e que descansaram no sábado). Mas eu me pergunto: Será mesmo que a Ciencia está tão distante assim da religião? O pensamento iluminado de Kardec e seus seguidores ou entendedores, os que entenderem 0,1% do espiritismo, podem afirmar que quando Kardec disse que o espiritismo possui 3 pilares: cientifico, religioso e filosofico, estava absolutamente correto. O que nos ensina o espiritismo nos mostra claramente o que a ciencia descobre a cada dia: a evolução.

A Terra, essa maravilhosa casa, Gaia, é um universo de descobertas, de misterios e de sonhos onde o homem mora. Se por um acaso esse lugar for prejudicado e as condições de vida humana aqui forem extintas, será exclusivamente um efeito da ignorancia humana, essa chaga que cobre os corpos e espiritos de muitas pessoas. Não há como estudar cientificamente a Terra e não se sentir maravilhado. De não se sentir inundado de um sentimento poderoso. De uma vontade curiosa. Eu vou cuidar de você, Gaia... o que eu aprender, será para o seu bem. És tão viva quanto eu e mostrará seus segredos aos cientistas (ou não), que souberem usar seus conhecimentos.